Giovanna Ewbankさんのインスタグラム写真 - (Giovanna EwbankInstagram)「#Repost @eulaisgomes Não. Não somos todos iguais. Nunca fomos. Talvez nunca seremos. Enquanto todo mundo preparava seu postzinho de consciência humana, de que o sangue que corre nas veias é o mesmo, de que Deus nos fez iguais, de que vidas negras importam... mais um homem preto foi morto no Atacadão/Carrefour. Sim, aquele mercado que já matou outros homens negros. Na véspera da consciência negra. As imagens da sua morte brutal estão rodando a web.   Eu poderia fazer perguntas como: Alguma vez você perdeu o emprego por conta da sua cor? Ou pelo cabelo? Alguma vez você foi seguido em uma loja por seguranças por mais arrumado q estivesse? As pessoas escondem a bolsa quando te veem? Atravessam a rua com medo de você? Te indicam sempre o elevador de serviço? Te revistam em toda e qualquer ocasião? Mas, para além disso, vou fazer uma pergunta que parece idiota, mas é bem atual: Alguma vez você teve pavor de entrar em uma rede de supermercado por medo de morrer?  Tudo isso para explicar o óbvio: Não somos todos iguais! E se de uma vez por todas a branquitude parar de usar essa frase para não enxergar tudo o que acontece nesse país escravocrata, se ao invés de jogar o problema pra debaixo do tapete e minimizar cada questionamento, cada conquista... Se as pessoas realmente se importassem com a nossa causa, a nossa luta e principalmente com a nossa vida ao invés de ignorar tudo o que a gente fala ou faz pq não sente na pele, talvez a gente evoluísse de maneira mais rápida.   Estamos cansados. Exaustos. De apanhar, de lutar, de morrer, de viver com medo. Estamos cansados inclusive desse mês, desse dia q nos engatilha tanto, que é extremamente cansativo... Mas resistimos! Pq resistir é uma arte do nosso povo. Seguimos, pq não queremos que Alberto seja mais um, pq não queremos ser os próximos.  A pauta racial foi o segundo assunto mais discutido no mundo em 2020. E João Alberto Silveira foi espancado até a morte na véspera da consciência negra. Não. Não somos todos iguais. E você, no seu lugar de privilégio, precisa fazer alguma coisa além de dizer que vidas negras importam.  Precisa se importar de verdade.」11月21日 2時42分 - gioewbank

Giovanna Ewbankのインスタグラム(gioewbank) - 11月21日 02時42分


#Repost @eulaisgomes Não. Não somos todos iguais. Nunca fomos. Talvez nunca seremos.
Enquanto todo mundo preparava seu postzinho de consciência humana, de que o sangue que corre nas veias é o mesmo, de que Deus nos fez iguais, de que vidas negras importam... mais um homem preto foi morto no Atacadão/Carrefour. Sim, aquele mercado que já matou outros homens negros. Na véspera da consciência negra. As imagens da sua morte brutal estão rodando a web.

Eu poderia fazer perguntas como: Alguma vez você perdeu o emprego por conta da sua cor? Ou pelo cabelo? Alguma vez você foi seguido em uma loja por seguranças por mais arrumado q estivesse? As pessoas escondem a bolsa quando te veem? Atravessam a rua com medo de você? Te indicam sempre o elevador de serviço? Te revistam em toda e qualquer ocasião? Mas, para além disso, vou fazer uma pergunta que parece idiota, mas é bem atual: Alguma vez você teve pavor de entrar em uma rede de supermercado por medo de morrer?

Tudo isso para explicar o óbvio: Não somos todos iguais! E se de uma vez por todas a branquitude parar de usar essa frase para não enxergar tudo o que acontece nesse país escravocrata, se ao invés de jogar o problema pra debaixo do tapete e minimizar cada questionamento, cada conquista... Se as pessoas realmente se importassem com a nossa causa, a nossa luta e principalmente com a nossa vida ao invés de ignorar tudo o que a gente fala ou faz pq não sente na pele, talvez a gente evoluísse de maneira mais rápida.

Estamos cansados. Exaustos. De apanhar, de lutar, de morrer, de viver com medo. Estamos cansados inclusive desse mês, desse dia q nos engatilha tanto, que é extremamente cansativo... Mas resistimos! Pq resistir é uma arte do nosso povo. Seguimos, pq não queremos que Alberto seja mais um, pq não queremos ser os próximos.

A pauta racial foi o segundo assunto mais discutido no mundo em 2020. E João Alberto Silveira foi espancado até a morte na véspera da consciência negra. Não. Não somos todos iguais. E você, no seu lugar de privilégio, precisa fazer alguma coisa além de dizer que vidas negras importam.
Precisa se importar de verdade.


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2020/11/21

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