Bruno Gagliassoのインスタグラム(brunogagliasso) - 9月3日 09時30分
(@heloisevirginia) Eu sou filha de uma mulher 100% preta e de um homem mestiço. Desde pequena, sempre tive complexo do meu tom de pele, por ser mais escuro do resto da minha família paterna, pelos meus primos terem os cabelos mais lisos e os traços mais finos. De certa forma me sentia excluída. As bonecas mais bonitas eram “as brancas”, as princesas mais perfeitas também. Ninguém queria ter as bonecas pretas e “feias” com cabelos crespos. Durante a minha infância, eu própria me vi a desvalorizar tudo aquilo que me representava. Foi então que um maravilhoso homem, no qual tenho orgulho de chamar de pai, me apresentou a cultura negra. A partir daí eu descobri a importância da inclusividade e da representatividade. E foi também naquele momento que descobri que mais crianças como eu, não só enfrentam a luta para aceitar a sua identidade e amá-la tal como é, como também sofrem muito mais com o racismo estrutural enraizado em várias partes do mundo, que as privam de ter oportunidades e explorar mais a fundo as suas capacidades... (pelo contrário, crescem com cicatrizes profundas que afetam a sua maneira de ver o mundo...)
O racismo é um problema urgente.
É importante falar sobre negritude e empoderamento SIM!!
Porque enquanto a cor da pele, os traços do rosto ou até a textura do cabelo determinarem o valor ou o espaço que uma pessoa ocupa, não haverá mudança. Sem mudança, as crianças vão crescendo e vão sentindo que precisam mudar para se sentirem aceitas nessa sociedade doente que impõe padrões impossíveis de serem alcançados.
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2020/9/3